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Quilombo Afro Guarany recebe nesta terça-feira roda de conversa sobre negritude e liberdade do povo negro

Evento presencial no dia 31 de maio ainda vai contar com uma roda de conversa sobre a exibição da peça afrofuturista “Todas as centenas de dias em que estamos aqui”



O Coletivo Okan de Teatro, idealizado e composto por jovens negros da periferia de SĂŁo Paulo, escolheu a Casa Amarela Quilombo Afro Guarany, um dos poucos quilombos urbanos no Centro de SĂŁo Paulo, para encerrar as exibiçÔes da peça afrofuturista “Todas as centenas de dias em que estamos aqui”. A parceria entre o Coletivo Okan, Alex Assunção, produtor cultural da Casa Amarela Quilombo Afro Guarany e Cristhiane Faria, CEO da GRIOT Assessoria, ainda vai promover uma roda de conversa apĂłs a exibição do espetĂĄculo, que acontece no dia 31 de maio, a partir de 19h30. O encontro vai debater sobre a exibição do experimento audiovisual e sobre a manifestação cultural do Nego Fugido, que inspirou e impulsionou o desenvolvimento do experimento audiovisual.


Retratando questĂ”es da negritude e a busca pela liberdade do povo negro, o espetĂĄculo distĂłpico promove narrativas que se encontram atravĂ©s do tempo, seja no RecĂŽncavo Baiano, na periferia da cidade de SĂŁo Paulo, em 1500 ou em 2022. E Ă© justamente alinhado a isso, que a escolha pela Ășltima exibição acontecer presencialmente na Casa Amarela Quilombo Afro Guarany estĂĄ diretamente ligada ao objetivo do espetĂĄculo, jĂĄ que o local jĂĄ abrigou pessoas escravizadas e hoje em dia atua como importante ator no acolhimento de artistas que nĂŁo possuem moradia digna. 


“A nossa narrativa Ă© justamente entender o passado para que possamos ressignificar o nosso presente, ressignificar trajetĂłrias, lugares e histĂłrias. Lugares como a Casa Amarela Quilombo Afro Guarany, que a gente entende a importĂąncia de finalizar as exibiçÔes do espetĂĄculo. SĂŁo estes territĂłrios que nos trazem uma simbologia, e a partir daĂ­ ressignificam esses sĂ­mbolos. Os nossos corpos, que antes eram vistos e tratados de forma desumana, hoje Ă© quem conta a nossa histĂłria e imprime o nosso documento, transita entre os mundos, sendo nĂłs, os griots da nossa prĂłpria histĂłria. E hoje, para ressignificar esses espaços, Ă© a arte que rompe essas estruturas e se torna passagem para processos de encruzilhadas e cura”, relata CainĂŁ Naira do Coletivo Okan.


Nascido em 2017, o Coletivo Okan de Teatro foi idealizado por jovens negros da periferia de SĂŁo Paulo que frequentavam a Escola Livre de Teatro de Santo AndrĂ©, e que decidiram falar sobre ancestralidade e a cultura provinda do povo preto. “Todas as centenas de dias em que estamos aqui - De Leste a Oeste - Circulação” Ă© um projeto do espetĂĄculo “Todas as centenas de dias em que estamos aqui”, com texto de Jhonny Salaberg e a direção Ă© de Mawusi Tulani e Monilson Moni. O experimento audiovisual foi contemplado pelo edital da Prefeitura de SĂŁo Paulo, VAI II 2020.





SERVIÇO

“Todas as centenas de dias em que estamos aqui - De Leste a Oeste - Circulação” - Exibição do espetĂĄculo e roda de conversa sobre as exibiçÔes e a manifestação cultural do Nego Fugido

Data: 31 de maio

HorĂĄrio: 19h30 Ă s 21h15

Local: Casa Amarela Quilombo Afro Guarany

Endereço: R. da Consolação, 1075 - Consolação, São Paulo - SP

Valor do ingresso: Gratuito

Para mais informaçÔes acesse: https://instagram.com/coletivokan 


Confira programação do dia 31 de maio:


19h30 - Exibição do espetĂĄculo com projeção 

20h30 - Roda de conversa sobre o espetĂĄculo e a manifestação cultural do Nego Fugido  

21h15 - Encerramento


Confira a agenda de atividades diĂĄrias da Casa Amarela Quilombo Afro Guarany:


Ensaio aberto de Break 

Dias: Segunda, quarta e sexta-feira 

HorĂĄrio: 17h


Aula de Capoeira

Dia: Terça-feira

HorĂĄrio: 19h


Academia Dancehall 

Dias: Quinta-feira

HorĂĄrios: 19h e 20h


Curso de Literatura Africana

Dia: Sexta-feira

HorĂĄrio: 18h


Visitação guiada com intervenção artĂ­stica 

Dia: SĂĄbado

HorĂĄrio: 15h


Sobre o Coletivo Okan 

O Coletivo Okan de Teatro nasce Ă  medida em que seus integrantes, jovens negros da periferia de SĂŁo Paulo, formados, formadas e em formação na Escola Livre de Teatro de Santo AndrĂ©, decidem falar sobre a cultura provinda do povo negro. AtravĂ©s de pesquisas sobre a cultura afro, o Coletivo inicia seus trabalhos em 2017 e dĂĄ vida ao seu primeiro projeto, a peça “ÈlĂšyĂš – Mulher pĂĄssaro”, trazendo Ă  tona nossas histĂłrias, origens e poesias. O projeto foi subsidiado pelo programa VAI 2017, no qual o Coletivo criou, desenvolveu, estruturou e apresentou a peça no Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes e no Instituto Pombas Urbanas. Em 2018, iniciam o processo de pesquisa “Capital VigĂ­lia” onde investigam o negro no capitalismo e como esses corpos se inserem na sociedade. Desse estudo foi realizada a abertura de processo no Instituto Criar de TV, Cinema e Novas MĂ­dias. O mais recente trabalho desenvolvido pelo coletivo Ă© a peça ‘TODAS AS CENTENAS DE DIAS EM QUE ESTAMOS AQUI’, projeto subsidiado pelo programa VAI II em 2019 e 2020, no qual discutem os processos de liberdade do negro desde os tempos da escravização atĂ© os dias atuais, e tem como ponto de partida a aparição do Nego Fugido.

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Sobre a Casa Amarela Quilombo Afro Guarany

A Casa Amarela Quilombo Afro Guarany nasce como uma ocupação sociocultural, hoje ponto de cultura e em processo de conservação e zeladoria em parceria com o EstĂșdio SarasĂĄ e a Prefeitura de SĂŁo Paulo. Estabelecida desde 2014 visa democratizar o acesso ao espaço antes abandonado por mais de uma dĂ©cada e nele abrigar todas as vertentes artĂ­sticas da cidade com foco em dar voz Ă  cultura Afro Brasileira e indĂ­gena atravĂ©s da Lei 11.645/08 integrando as periferias ao centro usando a Arte como transformador social.

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