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 E aĂ­ meu povo, como andam as coisas?
Essa semana em meio a mais mortes da nossa gente e protestos contra o racismo, resolvi comentar sobre o figurino dessa guerreira que foi Marielle Franco.
Mulher, negra, bissexual, mĂŁe, vereadora, feminista, sociĂłloga e uma das maiores defensoras dos Direitos Humanos de nĂłs negros e  moradores de comunidades.
Sua militĂąncia na maioria das vezes ficava implĂ­cita em seus figurinos, com frases impactantes, como esse utilizado por ela em uma sessĂŁo na CĂąmara de Vereadores do RJ, assim como sua ancestralidade sempre em evidĂȘncia nos turbantes, estampas africanas e cores fortes que ela fazia questĂŁo de ostentar.
Esse mood de Marielle Ă© super apropriado para o momento, onde o genocĂ­dio negro se exacerba, ganhando diversas facetas e nuances, sendo televisionado como um grande show de horror, expondo  ao mundo o descaso que a sociedade em geral, tem por pessoas negras, invisibilizando, inferiorizando  e por fim, negando a nossa existĂȘncia enquanto seres humanos.
Sua força e luta foram silenciadas por 13 tiros Ă  queima roupa, quando voltava do trabalho, assim como  a vida de  JoĂŁo Pedro que foi ceifada dentro de casa, por uma bala perdida durante operação policial na comunidade, a morte por asfixia de George Floyd em MineĂĄpolis numa ação policial e agora mais recente, a morte de Miguel pelo descaso da patroa de sua mĂŁe, a "SinhĂĄ da Casa Grande".
Somos diversos, mas nĂŁo estamos dispersos, estamos nos conscientizando de nossa força e poder de coesĂŁo e assim, quando tomarmos posse da vida que nos pertence, mudaremos a histĂłria que atĂ© aqui, nos faz refĂ©m do racismo estrutural existente, fazendo com que nĂŁo sejamos considerados cidadĂŁos de bem, Ășnica e exclusivamente pela cor da nossa pele.
Quantos de nós, ainda precisa morrer para que o mundo nos enxergue em pé de igualdade das raças privilegiadas?

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