Bad Boys - Para Sempre -
Estrelado por Martin Lawrence e
Will Smith, Bad Boys Para Sempre, chegou aos cinemas e estĂĄ dominando as
bilheterias dos Estados Unidos. Espera-se que o longa chegue a marca de 100
milhÔes de dólares neste fim até o feriado no fim de semana, que comemora o
nascimento de Martin Luther King Jr.
Excedendo as expectativas, o
filme estreou com uma bilheteria de $59 milhÔes de dólares nos Estados Unidos e
mais 38.6 milhÔes no exterior. O filme é dirigido por Adil El Arbi e Bilall
Fallah, teve um orçamento de $90 milhÔes e é considerada a segunda melhor
bilheteria de lançamento da Sony, desde Sniper Americano.
Bad Boys Ă© uma franquia que
dividiu opiniÔes ao longo de sua história, o primeiro filme, por exemplo,
sempre foi considerado “mais uma” comĂ©dia policial que usa e abusa dos clichĂȘs
do gĂȘnero, incluindo o arquĂ©tipo do “tira bom VS tira mau”, perseguiçÔes de
carro que terminam em grandes explosÔes e tiroteiros épicos entre um exército
de bandidos contra dois policiais pouco armados e fazendo piadas entre si, até
serem salvos pela cavalaria. Obviamente, o grande vilĂŁo do filme deve ser
enfrentado pelos dois em uma sequĂȘncia de luta sem armas, sĂł com os punhos e
piadas mais debochadas ainda.
Os dois primeiros filmes nĂŁo
fogem muito deste padrão, na verdade, eles nem tentam disfarçar a sua
proximidade com MĂĄquina MortĂfera e filmes do tipo, mas o que torna Bad Boys tĂŁo
encantador sĂŁo os protagonistas Mike Lowrey e Marcus Burnett e a forma como uma
parceria meio esquisita e até antagÎnica vai se desenvolvendo para uma amizade
intensa.
O primeiro filme jĂĄ mostra o seu clima quando a sequĂȘncia inicial, no
carro carĂssimo de Mike, termina com uma discussĂŁo entre os personagens que os
leva a quase serem assaltados por dois ladrÔes de rua. Ao invés de deterem os
bandidos, os dois policiais passam mais tempo brigando entre si por motivos
pessoais do que sequer darem atenção as armas apontadas para suas cabeças. Claro
que no fim eles escapam da armadilha, mostrando o por que serem os “Bad Boys”.
O interessante da franquia Ă© a
interação entre os personagens e o ponto de vista de dois homens negros com
realidades muito diferentes e que nos mostram a pluraridade da masculinidade
negra – ainda que, com diversas ressalvas e comentĂĄrios datados da dĂ©cada de
1990 e começo dos anos 2000 – lembre-se disso. SĂŁo homens engraçados, um pai de
famĂlia e um solteiro, um classe mĂ©dia e o outro rico, mas ambos acreditando
nos mesmos ideais.
Bad Boys poderia discutir temas
mais polĂȘmicos, como Bright falando de preconceito e racismo. Talvez atĂ© falar
da posição do homem negro como um agente do estado (a polĂcia) oprimindo outros
cidadãos negros em situaçÔes controversas, mas eles preferiram se manter na linha do humor de ação dualista e
até inocente.
Oghan N’Thanda Ă© Especialista em Desenvolvimento de HistĂłrias. Escreve
para o E-black, agĂȘncias de publicidade e dĂĄ aulas de inglĂȘs. VocĂȘ pode conhecer seus trabalhos
pelo Facebook,
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